- Estive Galhardi
- 27 de out. de 2024
- 1 min de leitura

Literal.
Às margens:
da terra?
do mar?
À Beira:
de mim?
do outro?
Limita,
delimita.
No limite, orla.
E borda, adorna…
E praia;
entre tudo.
E cá,
entre nós.

Literal.
Às margens:
da terra?
do mar?
À Beira:
de mim?
do outro?
Limita,
delimita.
No limite, orla.
E borda, adorna…
E praia;
entre tudo.
E cá,
entre nós.

Absolutamente, afirmo que a única forma de ser livre, é compreender o que liberdade significa para você. Só suporto e sustento o peso deste argumento durante um instante, que é sempre perecÃvel, e que sempre já passou, e que sempre já acabou.
Atualizado: 27 de out. de 2024

O nada,
por não suportar não existir,
passou a existir e,
por isso, se extinguiu.
O nada não suporta nada,Â
a gente muito menos.
Talvez, seja porque sejamos sabidos demais…
E, como o nada, não suportamos nada.
DestruÃmos tudo.
Talvez por isso, não sobra nada sobre nada.
O nada era para ser nada. Sem palavra; sem discurso; sem aprofundamento.
O nada, não era nem para gente saber — muito menos falar — porque a partir do momento que se sabe, vira algo e então não é mais nada.
Parece que nada é nome que a gente dá para nossa limitação e que serve para tudo o que não se entende; se conhece; se sabe…
E aÃ, parece que nada é nosso.Â
E aÃ, parece que é tudo do nada.Â
E fim de papo; e se esgota; e me esgoto; e não tem sentido; e o seu significado, que é tão ordinário, se atribui a tudo que achamos que é nada e então achamos que sabemos; sem saber de nada. Ou nada disso.
Me parece que percebo alguma percepção sobre nada em um ponto diametralmente oposto à nossa convenção sobre a sua definição.
O nada é uma afronta ao nosso intelecto.
O nosso intelecto é uma afronta à vida.
Talvez seja por aÃ.
E, talvez, o raciocÃnio seja coisa do tipo nada.
Quando a gente entender, talvez ele se extinga.
E talvez, de novo, estejamos no caminho.
Qualquer coisa, não se atribui a nada.
Porque parece que tudo, não serve pra nada.
E pra gente, nada, serve pra tudo.
O raciocÃnio não aceita o nada.
O raciocÃnio
NÃO
ACEITA
NADA.
Nada? Como nada?
Acho melhor mesmo deixar o nada pro nada.
O nada não exige conhecimento, reflexões profundas…
O nada enlouquece. Alucinação coletiva.
Veja só, tão dedicado como qualquer um de nós, sobre o nada, venho em sua defesa. E como sempre, sobre esse tema, equivocado, falho vergonhosamente e miserável.
Em defesa de nada, não lhe peço nada.
Tudo que lhe peço é que deixe o nada em paz.
Não tem jeito.
A gente não deixa nada em paz.
Não tem jeito.
A gente quer tudo…
Inclusive o nada.
Nada existe.
Nada é meu!